Sala: Romanti Cultura
Data: 29 de março
Hora 16h30

A fotografia, desde a sua invenção, é um meio que transcende o simples registo do que é real. É uma arte que conjuga emoção e técnica, permitindo ao fotógrafo capturar momentos efémeros e transformá-los em histórias visuais atemporais.

No “coração” da fotografia está a emoção: o olhar sensível que interpreta a luz, as sombras e os detalhes. É a capacidade de congelar sentimentos, de transmitir mensagens e de revelar dimensões invisíveis ao olhar comum. Porém, essa mágica só é possível graças ao domínio técnico. A escolha do equipamento, a configuração dos parâmetros e a composição visual são ferramentas que o fotógrafo utiliza para traduzir a emoção em imagem.

Com o avanço tecnológico, a fotografia passou por uma revolução. A chegada das camaras digitais, smartphones e inteligência artificial democratizou o acesso a fotografar, permitindo que qualquer pessoa tenha o poder de criar. No entanto, essa democratização também trouxe desafios: o excesso de imagens, em alguns casos, podem diluir o significado da criação fotográfica. Aqui, a técnica deixa de ser apenas um suporte e torna-se a “chave” que permite ao fotógrafo destacar a sua visão para além do ruído visual?

Hoje, a tecnologia não só auxilia, mas também redefine o que é possível. Ferramentas de edição avançadas, realidade aumentada e inteligência artificial expandem os limites da expressão fotográfica. No entanto, é essencial lembrar que a essência da fotografia ainda reside na ligação humana. A tecnologia é uma aliada, mas nunca substitui o olhar único do fotógrafo e a sua capacidade de emocionar.

Nesta talk, vamos explorar como equilibrar essa dualidade — emoção e técnica — e como a tecnologia pode ser utilizada para potencializar, e não substituir, a sensibilidade artística no mundo da fotografia.

Intervenientes
André Boto | Fotógrafo
César Mourão | Fotógrafo
Rui Soares | Fotojornalista

Moderador:
Rui Caria | Fotojornalista